O Sporting qualificou-se ontem para as meias-finais da Taça de Portugal, após derrotar o Estrela da Amadora, em Alvalade, por 1-0, com o único golo da partida a ser apontado já no período de descontos.
A atitude da equipa, ao longo de quase todo o encontro, foi a de esperar que a vitória e consequente passagem à eliminatória seguinte lhe caísse do céu.
Acabou por não cair do céu, mas de lá perto, muito perto. Mais precisamente da cabeça de Purovic. Claro que a cabeça de Purovic, pelo menos no que diz respeito à respectiva massa encefálica, pouca influência teve no desfecho daquele lance mas, ainda assim, teve o mérito de estar no sítio certo para, com a preciosa ajuda da Divina Providência, interceptar aquela (caram)bola e direccioná-la para o fundo das redes.
Por tudo o que se passou ontem em Alvalade, aquele golo traduziu-se num justo prémio, não tanto para a equipa, mas mais para os 7.475 indefectíveis espectadores que se deslocaram a Alvalade, e que não mereciam ter de assistir ao arrastar daquele triste espectáculo por mais 30 penosos minutos.
E por falar em espectadores, mais a Norte, o Estádio do Dragão registou a pior assistência da sua (curta) história, concretamente 12.117 espectadores. Isto num encontro marcado para as 18h30 de um dia de semana, contra uma equipa de um escalão secundário, em tarde chuvosa.
Sem grande esforço de memória, lembro-me de pelo menos 6 (seis!) jogos, só nos últimos 3 meses, em que a assistência de público em Alvalade foi inferior à pior assistência da história do Estádio do Dragão – Beira-Mar e Penafiel para a Taça da Liga e Louletano, Lagoa, Marítimo e Estrela da Amadora para a Taça de Portugal.
Conhecendo o espírito reivindicativo dos sócios e adeptos do meu Sporting, não pude evitar que, pelo menos outras tantas vezes, me viesse à memória o famoso discurso de John F. Kennedy em que, entre outras coisas, dizia: “Ask not what your country can do for you – ask what you can do for your country”.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
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