quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Regresso ao activo

Incompatibilidades várias (entre a Vodafone Connect Box e o Windows Vista, entre a PC Clinic e a Vodafone, entre o meu laptop e o Quick Play e entre mim e todos os anteriores) impediram-me de, durante a última semana, me dedicar à actividade bloguística, seja ela sob a forma de leitura ou de escrita.

Confesso que para isso também contribuiu alguma sobrecarga de trabalho. Mas confesso-o de consciência tranquila. Afinal de contas, eu não sou presidente do clube. Como tal, posso muito bem dar-me ao luxo de permitir que os afazeres profissionais se intrometam, ainda que muito esporadicamente, entre mim e o Sporting ou, para ser mais concreto, entre mim e o meu blogue – uma das muitas expressões do meu amor pelo Sporting.

Mas não queria deixar de comentar alguns factos da realidade leonina ocorridos ao longo dos últimos dias. E foram muitos. Que aqui ficam resumidos para memória futura.

TIUÍ

Para juntar ao Levezinho, ao Baixinho e a outros que tais, o Sporting contratou um jogador com nome de passarinho. Dizem os entendidos que poderá encaixar no estilo de jogo de Liedson. Dizem os adeptos dos clubes por onde passou que encaixava melhor numa qualquer outra profissão. Digo eu que aguardo para ver, desejando-lhe, obviamente, toda a sorte do mundo ao serviço do Sporting.

TAÇA DE PORTUGAL

Na Taça de Portugal, o Sporting ultrapassou com a facilidade que seria expectável mais uma equipa algarvia, tendo ficado a conhecer o adversário da ronda seguinte – o Marítimo – que, e espero estar enganado, não se adivinha pêra doce.

No que diz respeito ao jogo com o Lagoa, não queria deixar de destacar alguns aspectos. Desde logo, merece destaque, por ser novidade, que Farnerud se evidenciou pela positiva. Não percebo como é que um jogador que trata tão bem a bola, que sai dos seus pés quase sempre tão redondinha (passe o "futebolês"), não tem rendido mais.

Por outro lado, gostaria também de salientar que, tanto quanto me foi dado a ver, continua a demanda da direcção do Sporting no sentido de restringir ao máximo a sua folha de despesas, facto que saúdo. Consta que, nesse dia, terão poupado para cima de uma centena de euros em despesas com pessoal de bilheteiras, enquanto centenas de pessoas (entre as quais me incluo) aguardavam paciente e ordeiramente a sua vez para comprar o seu ingresso.

Por último, ainda a propósito do jogo dos dezasseis-avos de final da Taça e da vergonhosa assistência registada nesse dia em Alvalade, gostaria de recomendar a leitura da crónica hoje publicada no Record online por Luís Avelãs e que versa sobre o tema da paixão dos portugueses pelo futebol em geral e pelo seu clube em particular ou, mais precisamente, sobre a falta dela.

Ora são os bilhetes que são caros (neste jogo em concreto custavam 5 euros para sócios), ora são os jogos que são à noite (este começou às 17 horas), ora é o futebol praticado que não é bom (4 golos marcados não envergonha ninguém), ora é isto, ora é aquilo. Não percebo. Salvo casos (muito) excepcionais, ou se gosta de bola em geral e do Sporting em concreto, ou não se gosta. O resto, para mim, é conversa fiada.

PROMESSAS

O Sporting acordou com Paços de Ferreira e Estrela da Amadora, ambas equipas da Primeira Liga, os empréstimos, até ao final da presente temporada de Fábio Paim e Pedro Celestino, respectivamente, jogadores que representaram, durante a primeira metade da época, com relativo sucesso, equipas do escalão inferior (Liga Vitalis) – o Trofense e o Estoril Praia, respectivamente.

Celestino foi há poucas semanas eleito pelos treinadores das equipas que militam na Liga Vitalis como o mais valioso jovem jogador daquele escalão, numa decisão quase unânime (12 votos em 15 possíveis, tendo outros dois votos sido atribuídos a Fábio Paim, outro a Carlos Saleiro – ou vice-versa, não posso assegurar – e um último a um jogador cujo nome não me vem à memória e que pouco interessa para o caso já que era o único dos quatro a não ter tido o privilégio de ser formado no Sporting).

Já Fábio Paim é há muito apontado como digno sucessor dos vários talentos que foram, ao longo dos últimos anos, sendo formados pelo Sporting, tendo também sido eleito numa votação online efectuada pelos adeptos do Trofense (ou assim se supõe) como o melhor jogador da equipa que representou e que ocupa nem mais nem menos do que o primeiro lugar da Liga Vitalis.

Esperemos que estes sejam bons indicadores do que há-de vir e que a opção tomada de os fazer rodar em clubes mais competitivos possa dar os seus frutos. Quem sabe não serão estes os senhores que se seguem.

LOTEAMENTO

Passados 25 anos sobre o início da saga, iniciada em 1983 com a celebração, entre o Sporting e a CML, de um protocolo que visava a cedência de terrenos do clube para o interface do Campo Grande, e 8 anos volvidos sobre a aprovação, em sede de PDM, da construção de 109 mil metros quadrados na zona do antigo estádio, eis que, finalmente, a Assembleia Municipal aprovou o projecto de loteamento dos terrenos, permitindo dessa forma ao Sporting realizar um encaixe de cerca de 27,5 milhões de euros.

A boa notícia é que, para que tal acontecesse, o presidente do Sporting, Dr. Filipe Soares Franco, não teve de perder a compostura, rodar a baiana ou sequer pôr em causa os elevados princípios de educação e civismo nos quais foi educado.

A má notícia é que fica provado, como se de mais provas precisássemos, que enquanto o nosso número de adeptos não representar mais de metade do número de eleitores (seja ele medido em termos nacionais ou autárquico), havemos sempre de ser o parente pobre das decisões político-partidárias. Até ao dia em que alguém, sem perder a compostura ou pôr em causa princípios superiores, se dê ao respeito. Ou melhor, garanta ao Sporting, por parte das entidades públicas, o respeito que lhe é devido.

TAÇA DA LIGA

É já daqui a menos de duas horas que começa o segundo jogo da fase de grupos da Taça da Liga, em Alvalade, frente ao Beira-Mar. Pelo que, não vá a política de contenção de custos ter conhecido o seu fim com o desembrulhar do processo com a CML, já vai sendo tempo de eu me pôr a caminho, não vá a espera para compra de bilhete voltar a durar 40 longos minutos. Quanto ao resultado, por mim até pode repetir-se o do fim-de-semana passado.

1 comentário:

verdao(sl) disse...

Seja bem re-aparecido!