domingo, 23 de dezembro de 2007
Temos leão!
O Sporting alcançou, frente ao Paços de Ferreira, a sua quarta vitória consecutiva, no conjunto de todas as competições, num jogo quase tirado a papel químico do anterior jogo para a Liga, na Madeira, frente ao Marítimo: exibição apenas suficiente, numa vitória por 2-1, resultante de uma reviravolta no marcador.
Notas soltas sobre o jogo de ontem:
VUKCEVIC
O montenegrino continua a cotar-se como o melhor reforço da época: muita garra e alguma técnica são os atributos que fazem dele o homem do momento (até pela falta de alternativas).
À semelhança do que tinha acontecido na Madeira, marcou um golo e meio. Contra o Marítimo, tinha contado com a colaboração de Ediglê (que deu o toque final na direcção das redes após um cabeceamento seu), agora foi a vez de Romagnoli converter em golo uma grande penalidade (ufa!) ganha pelo número 10.
A única coisa que se lhe pode apontar é alguma precipitação resultante do excesso de atitude com que encara cada lance, o que, no actual contexto de apatia colectiva, nem será forçosamente mau.
MIGUEL VELOSO
Apático. Chega a ser confrangedora a sua falta de atitude. Aos 15 minutos de jogo, já não recupera para acompanhar os contra-ataques adversários. Durante todo o jogo, marca os adversários com os olhos a 3 metros de distância.
Tem rendido mais a lateral-esquerdo onde consegue disfarçar melhor a falta de atitude e ainda aproveita para fazer uso da sua boa capacidade de cruzamento.
Mas que não haja dúvidas. Classe não lhe falta. A provar isso mesmo está o passe magistral para a desmarcação de Vukcevic no 1º golo do Sporting.
RONNY
Está lá, mas é como se não estivesse. Paulo Bento sabe isso mas, enquanto não tem uma alternativa digna desse nome, não quer queimar definitivamente o jogador. Resta-nos esperar que o mês de Janeiro seja pródigo em novidades a este respeito.
LIEDSON / PUROVIC
Muito apagados. O primeiro num momento de forma menos bom, embora nada lhe possa ser apontado em termos de atitude. O segundo, embora a melhorar de forma, é um jogador limitado. Ainda está por provar a utilidade da sua utilização simultânea, para além da abertura de espaços para quem vem de trás. No lance em que podiam ter morto o jogo, Liedson podia ter feito melhor, já Purovic tenho as minhas dúvidas.
NÚCLEOS
Ontem foi o jogo dos núcleos. Dizia o speaker de serviço que os núcleos são a vitalidade do Sporting. Também acredito que sim. Aqueles 3 milhares que marcaram ontem presença no estádio sentem o clube de forma mais apaixonada e deram um colorido e uma animação diferentes ao jogo de ontem.
Penso que, mais do que a vitalidade do Sporting, serão a garantia da sua sobrevivência. Porque se esta última depender do adepto tradicional, aquele que nos garante o epíteto de sermos um clube “diferente”, é apenas uma questão de tempo até assistirmos ao consumar da nossa “belenensização”. Que o digam os cerca de 17.000 adeptos que ontem pagaram bilhete mas resolveram ficar em casa.
JUVE LEO
Por último, não quero deixar de saudar as pazes ontem feitas, à vista de todos, entre jogadores e adeptos, aqui representados pela Juve Leo. Até deu tempo para, ao contrário daquilo que tinha acontecido nos tempos mais recentes, a claque do Sporting passar a apontar armas para os adversários que, como defendo, se encontram quase exclusivamente fora de portas e não dentro de nossa casa, e que têm prejudicado e muito o regular desenvolvimento da actividade do clube (no caso, a Câmara Municipal de Lisboa e a desfaçatez de quem dirige os seus destinos).
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