quinta-feira, 20 de março de 2008
Simply the Best!
Quando soube o resultado do sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões, edição 2007/2008, que juntou no mesmo grupo o Sporting e o Manchester United, logo tratei de enviar um SMS para uns quantos amigos com o seguinte texto: “Quem é que alinha ir a Manchester ver o jogo entre o melhor clube do Mundo e o melhor jogador do Mundo?”.
Se, quanto ao melhor clube do Mundo, não haveria grandes dúvidas de qual seria, o mesmo não se poderia dizer, naquela altura, sobre a questão do melhor jogador do Mundo, como viria a ficar provado apenas uns meses volvidos por ocasião da Gala FIFA World Player, que viria a sagrar Kaká como o melhor jogador do Mundo.
Se, àquela data, o terceiro lugar alcançado por Cristiano Ronaldo, logo atrás de Lionel Messi, teve algum sabor a injustiça, é hoje evidente aos olhos de qualquer adepto da modalidade a gritante diferença que existe, actualmente, entre Cristiano Ronaldo e os seus pares.
De tal forma assim é que, com apenas 23 anos de idade, Cristiano Ronaldo, a custo de grande talento e enorme dedicação à sua arte, vai acumulando sucessos e recordes que o transportam para um nível mais comparável com o das grandes glórias de todos os tempos do que propriamente com o dos seus contemporâneos.
Ontem, ao apontar mais dois golos com a camisola do Manchester United (a cujo peso juntou ontem, pela primeira vez, o da braçadeira de capitão), em jogo da Premiership frente ao mesmo Bolton que o Sporting eliminou da Taça UEFA ainda há poucos dias, Cristiano Ronaldo atingiu a impressionante marca (sobretudo, tendo em consideração que não se trata de um avançado de raiz) de 33 golos numa só época, em apenas 37 jogos, ultrapassando dessa forma a velha glória George Best, uma das figuras míticas do clube de Old Trafford, como o extremo que mais golos conseguiu numa só época, para todas as competições, na história daquele (também mítico) clube.
Com este registo, Cristiano Ronaldo passa a ter à sua frente neste ranking apenas 5 outros registos de outros 3 jogadores: Tommy Taylor, Ruud van Nistelrooy – melhor marcador da história do Man Utd. nas competições europeias – e Denis Law – outra figura imortal, capitão de uma das melhores equipas do Mundo de todos os tempos (na qual, além de Law, pontificavam, por exemplo os nomes do já referido George Best e de Sir Bobby Charlton, e que, a 18 de Março de 1964, assistiu na primeira fila a um dos maiores feitos de todos os tempos do Sporting nas competições europeias).
Este feito permite-lhe ainda liderar as tabelas de melhores marcadores quer da Premier League (com 24 golos) quer da Liga dos Campeões (com outros 6), e ser neste momento o mais forte candidato na corrida à Bota de Ouro (feito apenas alcançado por dois jogadores portugueses em toda a história) e à próxima edição do prémio FIFA World Player (que Luís Figo foi o único a conquistar para as nossas cores antes dele).
Começam a faltar-me palavras para descrever Cristiano Ronaldo e os seus feitos. Por isso, dou a palavra a quem sabe. O próprio George Best disse, um dia, acerca de Cristiano Ronaldo: “Houve vários jogadores a serem apontados como novos George Best, mas só agora é que é um elogio para mim”.
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2 comentários:
É impressionante! E deixa-nos (a todos) um bocado vaidosos.
ps: não consigo, nestes momentos, deixar de me lembrar do péssimo negócio que, na altura, o Sporting fez na sua venda...
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